domingo, 10 de janeiro de 2010

Ladrões do nosso orgulho.



Estamos em guerra, estamos em meio os conflitos. Guerras armadas, guerras verbais, ladrões do nosso orgulho.
Uma mega ilusão de tudo, destroços de uma nação que morreu, construções interrompidas na metade, ladrões de nossos sonhos.
Hey, eu grito para que possam me ouvir, eu grito para sobreviver a tanto terror, os olhos atentos em mim, mas os ouvidos surdos ao que falo, ladrões de nossa inocência.
Corremos de medo, corremos dos tiros, corremos da morte. A morte que caminha junto a nossa sombra, que pesa sobre nossas costas, que nos sufoca. A morte que parece tão viva a nos perseguir.
Hey, eu choro para que todos possam ver minhas lágrima, eu choro para que os corações dos demônios amoleçam.
Nós esperamos por paz, por salvação, venha dos céus ou do governo, venha dos homens ou de um bem divino. Esperamos pelo mínimo, esperamos pelo máximo, apenas esperamos algo. Esperamos que todos por fim se abracem em sinal de trégua.
Hey mascaras, eu peço que mostrem suas faces, seus rostos sujos de sangue, peço que tenham coragem para dizer seus nomes, quem são e o porquê fazem tudo isso.
Fugimos da corte, fugimos da burguesia, da Igreja, do Estado. Fugimos para longe, tão longe que mal sabemos onde estamos. Carinhosamente apelidaram nossos lares de Inferno. Sobre as mãos dos carrascos um chicote a estralar. Pela minha cor me chicoteiam, pela minha crença me torturam, pelas minhas escolhas me prendem, pelos meus caminhos me matam.
Hey malditos, o que fazem aqui no Inferno?
Perdemos os sonhos, perdemos o amor pela vida, perdemos os sorrisos, a infância de nossas crianças, perdemos a nossa identidade. Já não existe ninguém nos esperando.
Hey dinheiro, hey poder, hey massacre, ninguém lhes convidou para entrar, ninguém lhes chamou para sentar, vocês se acomodaram pra incomodar, não lhes dou boas vindas e muito menos até já, apenas peço que nos deixem em paz.