sexta-feira, 20 de março de 2009

Corrida contra o tempo.

Há uma corrida contra o relógio, pois o tempo passa correndo diante das nossas janelas sem deixar vestígios de história ou pistas para a próxima parte que virá. Cada um tem seu próprio tempo, mas na distração o deixa se perder nas ondas de dúvidas. É um desperdício fugir dos temores que nascem no passar das noites, mas já estou acostumada a ver os sonhos indo e vindo e uma barreira me impedindo de pegá-los. E é há tempos que sofro por coisas que nem conheço, e é há tempos que sinto saudade daquilo que nunca tive.
São palavras, são rimas que fazem o meu dia a dia, são mentiras, são verdades que constroem quem sou.
Quero paz, quero fugir, me encontrar. Mas ainda não sei onde procurar e tenho quase certeza que nunca vou saber. É assim, e aceitar faz parte do jogo, faz parte dessa corrida. Não sei o que vou deixar depois que tudo isso acabar, pois muitos não participam do passado para saberem quem fui, preciso correr para escrever um verso, uma palavra que ficará em meu lugar depois que o vento daqui partir e me levar. Não sei se sobrevivo a hora da verdade.
É falta de sentido, é falta de amor próprio, não nego, não escondo que posso saber tudo que dá nó em minha cabeça, mas o porquê de saber tudo isso é o que ainda não faz sentido para mim, pois se eu soubesse de tudo iria embora antes do final.